Ducati 1198 mostra toda sua força para o mercado.
As Ducati sempre foram sinônimos de máquinas perfeitas para corrida, tanto no campeonato mundial de superbike como também na categoria de MotoGP.
O maior diferencial fica pelo motor, que tem a concepção de dois cilindros em V, ou seja, muita força em baixa e média rotação. Na prática isso se traduz em um desempenho que prevalece por acelerações fortes e retomadas, mas não desenvolve bastante em alta como os quatro cilindros.
O modelo 999 já reduziu essa diferença em partes, vinha com peso de 192 kg e 130 cv de potência máxima.
Só que a versão depois da 999, a totalmente reformulada 1098, mudava totalmente esse quadro. Um motor de cerca de 160cv, peso na casa dos 170kg e desempenho de sobra.
Esse modelo marcava a volta de um conceito desenhado por Massimo Tamburini. Massimo projetou nos anos 90 o modelo mais famoso até hoje, a 916. Mesmo nos dias de hoje, se avaliado, o projeto seria bem atual em design. A 1098 trouxe de volta o duplo farol, com as duas ponteiras saindo abaixo da rabeta.
Agora, a nova arma da Ducati, que já era praticamente perfeita para as pistas, é a evolução da 1098cc, passando para 1198. O motor ganhou mais 10cv de potência e empurra muito forte a nova moto. Se comparamos ao projeto da 999, praticamente foi reduzido 171kg e aumentado 40 cv, ou seja, uma diferença gritante.
Mesmo tendo como característica principal o torque em baixos e médios giros, a nova 1098 tem um desempenho excelente no contexto geral. Seu desempenho é capaz de empurrar a máquina para mais de 280 km/h e fazer a marca de 0 a 100 km/h em menos de 3 segundos.
Potência e durabilidade
A estabilidade, agilidade e potência de frenagem são atributos fortíssimos que fazem dela uma máquina perfeita para pista. Tudo que uma japonesa precisa ter para ficar competitiva na pista, a 1098 já traz original de fábrica. Os freios da Brembo são perfeitos, desde o burrinho, mangueiras, pinças e discos de freio. Todos garantem muita potência e ao mesmo tempo durabilidade para não apresentar nenhuma fadiga.
O motor é bom demais em circuitos fechados, não tem nenhum retardo para encher forte e oferece muita aceleração. A qualquer faixa de rotação responde com muita força e a alta é bem diferente dos antigos V2, enchendo quase que como um quatro cilindros em linha.
O preço é salgado, custa R$80.000, conforme a tabela FIPE. Mas vale tudo para andar com a Ferrari das motos.